Setembro Verde: teatro incentiva inclusão em escola municipal

A inclusão é uma bandeira que a Educação Especial defende em tempo integral. Mas é no mês de setembro que as atividades voltadas para a pessoa com deficiência ganha mais força. O lúdico é uma ferramenta muito usada para atrair essas crianças que tem autismo, por exemplo, onde a professora precisa encontrar uma maneira de fazer contato com a criança, para ajudá-la nas tarefas do dia a dia escolar.

As professoras da Educação Especial da EMEF Marcílio de Noronha apresentaram uma história teatralizada sobre a importância da inclusão. Intitulada “A maçã verde”, a peça retrata uma maçã que chega ao pomar das maçãs vermelhas. Acostumadas com todas iguais, elas tem uma reação quando encontram uma maçã que não é como elas.

“Essa foi uma forma de contar para as crianças pequenas como se sente uma criança portadora de deficiência, no meio das outras crianças”, destaca a professora de Educação Especial, Regina Lúcia Santana. A peça é apresentada na biblioteca da escola, onde as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental se sentaram à vontade, como expectadores, enquanto que as crianças portadoras de deficiência são os atores principais.

“Esta é uma clara inversão de papel já que, normalmente, a criança com deficiência é expectadora deixando claro que todos nós podemos ser coadjuvantes ou atores principais”, ressalta a diretora da ecola, Aurora de Fátima Pereira Bragança.

O projeto é executado de sala em sala, respeitando as necessidades especiais de cada criança. “Como temos algumas crianças que ficam agitadas quando estão perto de muitas pessoas, decidimos fazer desta forma”, relata a professora.

As crianças assistiram a tudo, sem tirar os olhos de todos, simplesmente acompanhando a cena e interagindo. Quando a peça terminou, a professora Regina fez algumas perguntas para as crianças, que responderam deixando os professores orgulhosos com o resultado da história.

"O trabalho lúdico é muito gratificante. Eu sou formada em Letras – Português, e já lecionei a matéria por muitos anos. Mas eu me encontrei como professora, na vida, na Educação Especial. Costumo dizer que não fui eu que escolhi a Educação Especial, foi ela que me escolheu", disse Regina.

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Texto: Andressa Mota
Foto(s): Andressa Mota

Publicado em segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Atualizado em terça-feira, 19 de setembro de 2017

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